AMBIENTALISTAS LEVANTAM ESTRAGOS NO MORRO DO VIGIA

A vegetação de uma área equivalente a três campos de futebol foi destruída pelo fogo, no fim da tarde de domingo, no Morro do Vigia, no Peró. O cálculo foi feito por moradores e ambientalistas que fizeram uma vistoria no local na manhã de segunda-feira. O fogo destruiu a vegetação no alto do morro e a intervenção dos bombeiros impediu que as chamas chegassem à Cabana do Pescador, prédio histórico que foi cenário de várias novelas.

Apesar do estrago feito na área de preservação permanente do Parque Estadual da Costa do Sol (PECS), não houve nenhuma vistoria dos órgãos ambientais do município ou do estado. O PECS, o maior parque segmentado do país, está sob a responsabilidade do INEA:

— É preciso se fazer o controle de acesso ao parque. É verdade que a vegetação está muito seca, mas ações de manejo podem evitar a degradação que aconteceu na tarde de domingo – disse Marcelo Valente, do Ondas do Peró, que levou sementes de aroeira para semear no Morro do Vigia.

O guia Henrirque Nascimento, dos Amigos do Peró, elogiou a ação rápida dos moradores, que pediram ajuda, e dos Bombeiros, “que evitaram um mal maior”. Segundo Nascimento, o Morro do Vigia é um dos locais mais procurados por trilheiros, embora ainda não tenha a estrutura necessária para visitação.

— Por se tratar de uma área nobre, ecológica e turística, o Morro do Vigia e seu entorno merecia mais cuidado. É uma relíquia que ainda não aprendemos a explorar. O passeio pelo ambiente natural é o mais saudável. Nós, ambientalistas, fazemos nossa parte gratuitamente. As autoridades ambientais, remuneradas, precisam assumir suas responsabilidades – disse Galiotto, que semeou milhares de mudas de aroeiras no Morro do Vigia.

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Paulo Roberto Araújo fez sua carreira profissional no jornal O Globo. Prêmio CREA de Meio Ambiente, foi repórter e depois editor assistente (chefe de reportagem) da Editoria Rio durante 25 anos, com atuação voltada principalmente para o meio ambiente e o interior do Rio.