Austrália desenvolverá satélite para conter incêndios florestais

Cientistas australianos estão desenvolvendo o primeiro satélite do país projetado para prever onde será o provável início de incêndios. A Universidade Nacional Australiana informou na manhã de hoje (4) que uma equipe está criando um satélite “do tamanho de uma caixa de sapatos” que medirá a cobertura do solo da floresta e os níveis de umidade usando detectores infravermelho.

Espera-se que os dados ajudem a determinar onde será o provável início dos incêndios e também onde não deve acontecer.

A tecnologia seria “especificamente ajustada para detectar mudanças nas plantas e árvores australianas, como os eucaliptos, que são altamente inflamáveis”, informou a universidade em seu comunicado.

A empresa planeja parceria com o setor privado para lançar o novo satélite em órbita baixa da Terra e, de acordo com a especialista em sensoriamento remoto Marta Yebra, os dados serão compartilhados diretamente com os bombeiros.

“Essa tecnologia e dados infravermelhos, que atualmente não estão disponíveis, ajudarão a combater as possíveis queimadas que podem reduzir a frequência e a gravidade dos incêndios, bem como seus impactos a longo prazo nas pessoas, na economia e no meio ambiente da Austrália”, disse ela. Espera-se que leve cinco anos para que os cientistas possam usar o satélite.

No verão, a Austrália propensa a incêndios florestais sofreu uma de suas piores temporadas de incêndio já registradas.

Mais de 30 pessoas morreram, milhares de casas foram destruídas, mais de 10 milhões de hectares foram queimados e pelo menos um bilhão de animais morreram.

Pesquisadores dizem que o aquecimento global está prolongando os verões do país e tornando-os cada vez mais perigosos, com invernos mais curtos dificultando a realização de trabalhos de prevenção de incêndios florestais.

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