Bolsa de valores em queda

Podcast: Bolsa encerra o mês em queda acumulada de 3%, na contramão do mercado internacional

Entenda tudo o que vai movimentar o mercado financeiro e o mundo dos investimentos nesta terça-feira (1), com o podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado.

O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Podcasters. Ou ouvir clicando abaixo:

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A Bolsa de Valores brasileira encerrou o mês de setembro com uma queda acumulada de 3%, marcando o segundo pior desempenho de 2024 até o momento.

O movimento de queda observado no mercado foi impulsionado por uma série de fatores, tanto domésticos quanto internacionais, que continuam a gerar incertezas para investidores.

Política monetária dos EUA e impacto no mercado global

No exterior, o mercado acompanhou com atenção os comentários do presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos. Ele indicou que não há garantia de um corte de 0,5% nas taxas de juros na próxima reunião, frustrando parte dos investidores que esperavam por um alívio na política monetária norte-americana.

Apesar disso, as bolsas dos EUA conseguiram reverter o movimento negativo e fecharam em alta, contrastando com o cenário doméstico.

Cenário fiscal brasileiro e aumento da dívida pública

No Brasil, as atenções estão voltadas para o cenário fiscal. O governo enfrenta dificuldades para equilibrar suas contas, o que tem gerado preocupações no mercado.

A relação dívida/PIB, que mede o nível de endividamento do país em comparação ao seu Produto Interno Bruto, atingiu 78,55% em setembro, o maior patamar desde outubro de 2021.

Nos últimos meses, a dívida pública aumentou em cerca de R$ 70 bilhões.

A incapacidade de gerar superávit primário, um dos pilares do controle fiscal no país, e o crescente endividamento colocam em risco a sustentabilidade das contas públicas.

O temor de uma “dominância fiscal” – situação em que o governo se endivida tanto que os esforços do Banco Central para conter a inflação se tornam ineficazes – tem ganhado força. Esse cenário foi comum em países da América Latina nas décadas de 1980 e 1990, resultando em crises econômicas.