Cada vez mais médicos migram vínculo empregatício e passam a atuar em cooperativas

Vice -diretora da Solidare, cooperativa da área da saúde, explica o movimento dos profissionais para essa modalidade de trabalho

A crise no sistema de saúde provocada pelo coronavírus é algo extremamente novo para todos, inclusive para os profissionais da área que, por conta da situação, passam a realizar uma mudança de hábito e até mesmo de vínculo empregatício. Desde o início da pandemia, muitos profissionais da saúde optaram por fazer parte de cooperativas que atuam na área para que sejam facilmente alocados com menor burocracia.

Izabeli Lopes, vice-diretora da Solidare, cooperativa que atua na área da saúde, explica que há muitos benefícios para os médicos que escolhem um caminho diferente da Pessoa Jurídica (maneira mais comum de contratação no setor). “Trabalhar por meio de uma cooperativa faz com que o profissional deixe de se preocupar com burocracias, taxas e responsabilidades impostas pela abertura de uma empresa e passe a exercer sua profissão com maior liberdade e tranquilidade”, relata.

Trata-se, de forma geral, de oferecer aos trabalhadores ainda mais flexibilidade para escolher por esse e também outros vínculos, além da vantagem de contar com uma boa remuneração, uma vez que não há qualquer desconto como acontece com a  CLT, e o pagamento é baseado em produtividade. Outro fator importante é que nesse caso, não há recolhimento de tributos ou despesas administrativas relacionadas a empresas, como contadores.

O trabalho das cooperativas é excelente tanto para os profissionais da saúde, como também as empresas que contratam esses serviços. Nesse momento, há uma grande demanda dos serviços médicos e de toda a equipe funcional de clínicas e hospitais. Por isso, a diretora destaca que a contratação de cooperativas é uma via de duas mãos. “Por um lado, trabalhamos para melhorar condições de trabalho de cooperados, atuando diretamente em negociações salariais que beneficiam ambos os lados. Por outro, conseguimos fazer com que a empresa reduza custos e aumente o quadro de funcionários”, Izabeli conta.

Uma das questões que envolvem o cooperativismo é que contratações podem ser vinculadas a setores públicos e privados e, portanto, esses profissionais podem ser alocados em ambos, a depender do contrato. Isso significa que o governo também pode optar por essas facilidades sem se preocupar com greves ou qualquer tipo de situação que impeça o trabalho.

“A realidade hoje está direcionando para que as cooperativas sejam a melhor saída na contratação de serviços da saúde pois vai de encontro a tudo que se busca para melhor oferta desses serviços que é a economia, capacitação permanente da mão de obra ofertada e desburocratização na contratação”, a diretora finaliza.

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