COP26: Indústria da cerveja anuncia meta na produção com uso de 100% de energia renovável e carbono zero até 2023

Alinhada a agenda prioritária do evento, setor reforça compromisso com neutralidade de carbono através de iniciativas como a geração de energia eólica e ações implementadas na produção, distribuição e conscientização da cadeia de valor da cerveja

Em meio as metas anunciadas durante a 26ª edição da COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, em Glasgow, para reduzir os impactos gerados ao meio ambiente e na preservação dos recursos naturais, a indústria da cerveja reafirma seu compromisso de garantir até 2023 que toda produção seja abastecida com energia limpa, reduzindo a zero a emissão de carbono em todo processo.

O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (SINDICERV), que reúne as empresas Ambev e Heineken, responsáveis por 80% da produção e fabricação de cerveja no país, atua na implementação de práticas sustentáveis no processo de fabricação e distribuição de cerveja no país.

“Estamos cada vez mais comprometidos com uma agenda de crescimento e desenvolvimento ambiental do Brasil e sempre em busca de fontes que resultem em menor impacto ambiental. Nossas incansáveis ações têm foco na redução do impacto das operações na emissão de carbono ao longo de nossa cadeia produtiva, do campo ao copo”, explica o gerente jurídico do Sindicerv, Fábio Ferreira.

Na geração de energia eólica, o setor já tem suas operações funcionando em um parque no Ceará e um outro em construção na Bahia, juntos, devem atingir 202 mil MWh por ano para produção e fornecimento de energia nas fábricas. Com isso, haverá uma redução de 32 mil toneladas na emissão de CO2 por ano, equivalente à retirada de mais de 50 mil veículos de circulação.

Na produção, a estratégia é alcançar até 2023 zero emissões de carbono relativas à energia comprada e 100% da produção abastecida por energia limpa. Para isso, o setor tem trabalhado na diversificação de energia elétrica por solar, eólica e térmica e na substituição de combustíveis fósseis, como gás natural e óleo BPF, e de energia elétrica não renovável, por eletricidade de fontes renováveis, como biomassa, óleo vegetal e biogás. No total, já são três cervejarias abastecidas com energia limpa e a previsão é de 100% de produção abastecida e zero emissão de carbono, até 2023.

Já na distribuição, até o fim do ano serão incorporados mais de 220 caminhões elétricos na frota como uma alternativa para otimização do consumo de combustível e redução da emissão de carbono. Os veículos serão abastecidos por energia renovável gerada pelo setor em suas instalações ou através da compra de energia renovável certificada.

Outra medida adotada, é a conversão de caminhões a diesel para veículos elétricos, bem como a de empilhadeiras nos centros de distribuição, que deverá ter sua frota abastecida por energia renovável até 2025. Os 130 centros comerciais de distribuição espalhados pelo Brasil, serão abastecidos 100% com energia renovável até 2023.

Para consumidores e varejo, a indústria investe na conscientização, incentiva e facilita o uso da tecnologia – medida que pode reduzir em, no mínimo, 10% os custos com energia. Além disso, a indústria é parceira de plataformas que conectam pequenos e médios pontos de venda a geração de energia limpa.

Segundo a Resenha Energética Brasileira, divulgada pelo Ministério de Minas e Energia, a matriz energética do Brasil é de 48,4%, em comparação com a média mundial, de 14,9%, o que coloca o setor cervejeiro brasileiro na posição de liderança na conversão e utilização de energia renovável.

O avanço de tecnologias aplicadas no setor cervejeiro tem impulsionado de forma significativa o desenvolvimento da indústria. Para a eficiência dessa operação em toda a cadeia, as associadas ao Sindicerv, fazem uso das vantagens geográficas brasileiras com o objetivo de contribuir com a aceleração e desenvolvimento das metas de sustentabilidade, o que as coloca à frente de outros países na implementação da tecnologia.

A redução das emissões de Gases de Efeito Estufa é uma preocupação constante do setor, que tem como meta reduzir em até 30% as emissões até 2030.

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