Desenvolvimento de diferentes vacinas para o coronavírus ajuda na descoberta de um produto eficaz para conter o Covid-19

Já são mais de 140 fórmulas de vacinas que vêm sendo criadas no mundo todo contra o novo coronavírus. De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o Brasil é o segundo país em mortes e casos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Com isso, o Brasil se tornou um local ideal para testar a eficácia das vacinas no combate à pandemia. Duas já se encontram na fase 3, ou seja, serão avaliadas através da aplicação em um grande grupo de voluntários. Uma é a ChAdOx1 nCoV-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido – que, no Brasil será testada em parceria com a  FIOCRUZ, e a outra  a Coronavac, criada pela empresa chinesa Sinovac Biotech que, será testada em parceria com o Instituto Butantã.

“Não se trata de uma competição para saber quem irá sair na frente com uma fórmula capaz de controlar o vírus. Quanto mais vacinas tivermos, melhor para conseguirmos controlar essa doença e aprendermos qual é a melhor composição vacinal”, ressalta Helena Faccioli, CEO da Farmacore.

Fundada em 2005 e localizada em Ribeirão Preto (SP), a Farmacore, em parceria com a PDS Biotechnology Corporation, está trabalhando no desenvolvimento de uma vacina, denominada  Versamune®-CoV-2FC que visa prevenir a infecção por COVID-19.

O Versamune®-CoV-2FC é a combinação de uma proteína SARS-CoV-2 recombinante, desenvolvida pela Farmacore, com a nanotecnologia da plataforma Versamune®, da PDS Biotech, uma tecnologia patenteada para a ativação das células T. “A previsão é que até o final de julho os resultados preliminares estejam concluídos”, explica Helena.

Outra questão importante é que essa iniciativa irá trazer grandes benefícios ao País, já que o Brasil entrará no rol das nações nas quais o setor privado é grande protagonista no desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19. Além disso, uma produção dessa vacina em escala global pode trazer muitas vantagens para a Ciência e Tecnologia Nacional. “Nenhuma indústria no mundo consegue suprir a demanda mundial dessa vacina, vamos precisar de pelo menos umas seis ou sete vacinas diferentes no mercado para que toda a população seja imunizada” , afirma Helena.

Como os ensaios das fases pré-clínico, e clínico fase I/IIa  serão feitos no Brasil, a expectativa é que, além do evidente ganho tecnológico, o processo seja mais rápido e que o conjunto de ações acelere a disponibilização de uma vacina aos brasileiros.

Artigo anteriorAcordos manuais sobrecarregam empresas frente ao desafio da digitalização
Próximo artigoIOUU registra mais de R$ 452 milhões em pedidos de empréstimos no primeiro semestre
Avatar
Para falar conosco basta enviar um e-mail para redacaomeioambienterio@gmail.com ou através do nosso whatsapp 021 989 39 9273.