Dia de Atenção a Espondilite Anquilosante: Sociedade Brasileira de Reumatologia alerta que dor nas costas pode ser sinal de Doença Reumática Incapacitante

7/5/2020 –

A dor nas costas afeta a população de todo o mundo, de qualquer idade, homens e mulheres indistintamente, sendo a segunda causa mais comum de consultas médicas gerais em tempos normais, só perdendo para o resfriado comum.

  • A dor nas costas afeta a população de todo o mundo, de qualquer idade, homens e mulheres indistintamente, sendo a segunda causa mais comum de consultas médicas gerais em tempos normais, só perdendo para o resfriado comum.  Estima-se que entre 65% e 80% da população mundial desenvolva dor na coluna em alguma etapa de suas vidas mas, na maioria dos casos, há resolução espontânea. Mais de 50% dos pacientes melhora após 1 semana e 90%  após 8 semanas. Entretanto, se a dor nas costas for persistente e contínua pode ser sinal de uma doença reumática, como a espondilite anquilosante, que começa com uma dor nas costas e pode envolver, ao longo da vida, outros órgãos, como olhos, rins.
  • A espondilite anquilosante é mais frequente em homens do que mulheres e pode-se iniciar por volta das 17 anos de idade – portanto, ao contrário do que se imagina, esta não é uma doença associada ao envelhecimento.

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), aproveita o Dia Mundial da Espondilite Anquilosante (7 de maio), para alertar a população que a dor nas costas persistente pode ser sinal desta doença reumática crônica. “Esta é uma doença reumática altamente incapacitante, mas que tem controle e tratamento”, afirma o presidente da SBR, Dr. José Roberto Provenza.

 

A Espondilite Anquilosante (EA) é um tipo de doença reumática que causa inflamação principalmente na coluna vertebral e nas articulações sacrilíacas (articulações que ficam na região das nádegas).  É quatro a cinco vezes mais frequente nos homens do que nas mulheres. Os primeiros sinais podem surgir, como uma dor nas costas persistente, a partir do final da adolescência ou em adultos jovens (17 aos 40 anos de idade). 

 

As manifestações da EA podem variar de um quadro de dores nas costas contínua e persistente (principalmente na região das nádegas, ou mais acima na região lombar), até uma doença mais grave e sistêmica, acometendo várias outras juntas, os olhos, coração, pulmões, medula espinhal e rins. No início, costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. Frequentemente observa-se que a dor melhora com exercícios e piora com repouso, sendo pior principalmente pela manhã. Alguns pacientes se sentem doentes de forma geral, cansados, perdem o apetite e peso. Geralmente essa dor está associada a uma sensação de enrijecimento na coluna, com consequente dificuldade na mobilização.

 

“Em pessoas jovens, a dor nas costas pode ser o primeiro sintoma de espondilite anquilosante, alerta Dr. Provenza. “Embora seja um sintoma frequentemente associado ao  envelhecimento, o surgimento de dor e, principalmente, a perda de mobilidade não deve ser vista como normal da idade. Existem várias causas que podem contribuir para este quadro e que podem ser revertidas com tratamento adequado”.

 

Diferente da dor nas costas causada por lesão muscular ou “mau jeito”, na espondilite anquilosante a dor piora com o repouso e melhora com a movimentação. Se não tratada, pode provocar a fusão das vértebras e a diminuição da mobilidade da coluna, bem como afetar outras articulações. “No entanto, existem tratamentos altamente eficientes para bloquear a doença, não só tratando a dor mas evitando as complicações e sequelas que podem ocorrer sem um tratamento adequado”, afirma. “Por isso, em caso de dor nas costas persistente, recomendamos conversar com um reumatologista, que é o profissional de saúde treinado para diagnosticar e tratar a espondilite anquilosante”.

 

Para mais informações, basta acessar www.reumatologia.org.br.

 

A Sociedade Brasileira de Reumatologia, que completou 70 anos de atividades em 2019, é uma associação civil científica, sem fins lucrativos, que tem por objetivo promover o desenvolvimento científico e da especialidade no Brasil. Hoje, conta com cerca  de 2 mil associados, distribuídos em 24 sociedades regionais estaduais e mantém assessorias e comissões científicas por áreas de especialidade, além de representações em associações médico-científicas nacionais e internacionais e junto ao Ministério da Saúde. A SBR é responsável pela certificação de especialistas em reumatologia, área médica que engloba quase 120 doenças inflamatórias crônicas. É filiada à AMB – Associação Médica Brasileira que, em 2018, outorgou à SBR certificado de boas práticas em gestão. 

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