Dia Mundial do Meio Ambiente: o planeta em modo reset

“Sem turistas e barcos, a coloração da água dos canais de Veneza fica mais nítida.”

“Com praias vazias, as tartarugas voltam para a costa da Tailândia.”

“Com menos embarcações, a Baía da Guanabara está mais limpa.”

“Quarentena provoca redução drástica da poluição na Índia.”

“Himalaia fica visível pela primeira vez em 30 anos.”

Você já parou para pensar sobre a relação da pandemia com o meio ambiente? Li uma vez que: “a COVID-19 é o anticorpo do planeta e os vírus somos nós”. Isso me fez refletir sobre o que nós, seres humanos, fizemos ao longo de séculos com a Terra. Toda a forma de vida está direta ou indiretamente ligada a outra. A pandemia foi o “alerta vermelho” desse sistema.

Com a ameaça detectada, a humanidade, o planeta encontrou uma forma de recompor o equilíbrio a partir de medidas drásticas: as doenças. A pandemia é apenas uma delas (sim, talvez a mais impactante e a que tem ceifado vidas por tempo recorde e fica aqui meu abraço para quem teve alguma perda), mas é o sinal que a nossa Mãe Terra está emitindo para mudarmos e olharmos com mais atenção para esse equilíbrio tão necessário.

Poderia aqui citar vários estudos científicos e pesquisas acadêmicas para endossar minha opinião. O que mais importa neste momento é entender que vivemos o maior desafio da nossa geração. Ninguém tem dúvidas sobre isso. A pergunta que fica de toda essa experiência é: o que vamos levar de aprendizado? Iremos passar por novos “alertas vermelhos” até entender que somos parte e que a Terra é a nossa casa e a casa de todos os seres vivos?

As notícias que citei logo no início desse texto trazem alento. Não precisa ser um estudioso para entender que a desaceleração da economia – consequência da pandemia – contribuiu para a diminuição da poluição do ar e melhorou significativamente a qualidade de vida nas cidades. A Mãe Terra quis “puxar a nossa orelha” e mostrar sabiamente que é preciso mudar nossos hábitos, reduzir a poluição, achar uma nova dinâmica industrial que traga mais que resultados para a humanidade, mas também para o planeta.

Não podemos nos abater pelo desânimo, nem ficarmos alheios a tudo. Que possamos ter resiliência para sairmos dessa mais atentos ao equilíbrio de todas as formas de vida. Esta é a minha mensagem para o Dia Mundial do Meio Ambiente: a Terra vai sobreviver e se curar! Tenho fé.

*Patrícia Cândido é filósofa, escritora, embaixadora mundial da Fitoenergética, cofundadora do Grupo Luz da Serra.

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