Games e as possibilidades de negócios

*Rodrigo Russano Dias

Foi-se o tempo em que os jogos eletrônicos eram considerados coisa para os meninos e para as crianças. De acordo com a PGB – Pesquisa Game Brasil – 73,4% da população brasileira tem o hábito de jogar algum game. Deste total, a grande maioria, 34,7%, tem entre 25 e 34 anos, e as mulheres somam 53,3% do cenário dos games.

Atualmente, o mundo dos games ganhou espaço, virou um negócio lucrativo e deve fechar 2020 com um total de 2,7 bilhões de jogadores em todo o mundo, gerando uma receita de US$ 159,3 bilhões, segundo pesquisa divulgada pela Newzoo.

A PGB mostra que o smartphone tem um grande apelo neste mercado, já que 86,7% do público joga pelo dispositivo móvel, mostrando que este é responsável por criar uma nova vertente de jogadores, dando chance para quem não tem acesso aos consoles ou computadores adequados para a modalidade.

A Kantar Ibope também divulgou pesquisa sobre mercado de games no Brasil. Os dados apontam que 62% dos usuários de internet jogam algum tipo de game, deixando o país na 12ª colocação do ranking mundial de jogadores. Do total desse público, 30% passa entre 1 ou 2 horas jogando e 25% transmite as gameplays por streams, gravação ou screenshots.

Esse crescimento no mercado de games também impacta positivamente as plataformas de streaming, que investiram em novos profissionais, ampliando o portfólio de gamers contratados e estimulando ainda mais o setor. Com um cenário mais atrativo, as marcas passam investir em eventos, equipes e ações direcionadas para esse público, mesmo que não sejam endêmicas.

As empresas precisam perceber que este universo é rico e muito amplo. O raio de alcance de público inclui diferentes idades, classes sociais e gêneros, e isso permite criar várias possibilidades. O planejamento de uma estratégia requer ter um entendimento do negócio, saber exatamente quais são os objetivos e ver a melhor forma de atuar.

Conversar com essa comunidade agrega conhecimento e engajamento para as marcas. Uma vez que elas se permitam vivenciar esse ambiente, independentemente de como isso será feito, a visão dos negócios chega a outro patamar.

Hoje em dia, muitas marcas patrocinam equipes com naming rights ou criam suas próprias equipes e campeonatos de esports como um meio de estreitar um vínculo com este universo. Também tem empresas que fazem parceria com streamers, que não são jogadores do competitivo, mas que conversam com suas comunidades e tem um fit perfeito com o público.

Enfim, o mundo dos games é um grande território que está sendo desbravado pouco a pouco e que inspira muitas possibilidades e aventuras de sucesso. Se ele tem um fim, não tem como afirmar, mas que ele ainda não está nem na metade de suas possibilidades, isso é fato.

*Rodrigo Russano Dias é gerente de Marca e PR da Nimo TV

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