O Brasil foi escolhido pelo Google para testar um novo sistema de Inteligência Artificial (IA) projetado para bloquear automaticamente smartphones Android roubados. Com quase dois celulares furtados a cada minuto no país, a iniciativa visa oferecer maior segurança aos usuários, com recursos como bloqueio de tela automático e controle remoto de dados do dispositivo.
Na terça-feira, o Google anunciou que selecionou o Brasil como local de teste para um inovador sistema de Inteligência Artificial voltado para a segurança de smartphones Android. Em um país onde quase dois celulares são furtados a cada minuto, a gigante da tecnologia busca oferecer soluções eficazes para combater esse problema crescente.
De acordo com informações divulgadas em um blog oficial, os usuários brasileiros terão acesso a recursos avançados, incluindo um espaço privado para ocultar aplicativos com dados sensíveis, protegido por um PIN separado. Além disso, o sistema contará com bloqueio automático de tela caso a IA detecte movimentos bruscos indicativos de roubo.
Uma das novidades mais aguardadas é a capacidade de bloquear remotamente o acesso aos dados do dispositivo, dispensando a necessidade de senha e permitindo o uso apenas do número do telefone. O Google afirmou que o feedback dos usuários brasileiros foi fundamental para o desenvolvimento desses recursos antirroubo.
A versão piloto do sistema estará disponível no Brasil a partir de julho deste ano, antes de ser lançada de forma mais ampla para bilhões de dispositivos em todo o mundo ainda este ano. Essa iniciativa coloca o Brasil na vanguarda da segurança digital para dispositivos móveis, demonstrando o compromisso do Google em atender às necessidades específicas dos usuários brasileiros.
A concorrente direta do Google, a Apple, já lançou um sistema antirroubo para seus dispositivos iOS em janeiro deste ano. No entanto, dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que o Brasil registrou quase um milhão de roubos de celulares em 2022, o que equivale a 1,9 incidente a cada minuto. Esse número representa um aumento de 16,6% em relação ao ano anterior, destacando a urgência de medidas eficazes para enfrentar esse problema, especialmente nas grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
Fonte: Adaptado de: AFP