Riviera Country Club, na Barra da Tijuca, será negociado em leilão judicial
O icônico Riviera Country Club, um marco de lazer e recreação na Barra da Tijuca, enfrenta uma virada dramática em sua história. À beira de completar 60 anos, este emblemático espaço está sob a sombra de um leilão judicial que ocorrerá já neste fim de semana, no coração da cidade do Rio de Janeiro. Com débitos que escalaram para mais de R$ 370 milhões, a instituição busca um novo capítulo em meio a uma crise financeira sem precedentes.
Herança Cultural em Risco
Instalado numa localização privilegiada, o clube se estende por uma vasta área de mais de 20 mil metros quadrados. A valorização do local é indiscutível, com avaliações prévias apontando para um patrimônio de mais de R$ 300 milhões. Sua estrutura, que inclui uma piscina, quadras para diversas modalidades esportivas e um espaçoso salão de festas, tem sido mantida através das contribuições dos sócios, que desembolsam mensalidades na faixa de R$ 300 a R$ 400.
Uma Batalha Judicial Prolongada
O leilão, marcado pela ausência de um lance mínimo, reflete o desfecho de um conflito jurídico que se arrasta há anos, envolvendo a posse do terreno do clube. A disputa teve início com o legado de Tibor Turcsany, fundador do clube e empresário húngaro que não incluiu o terreno em seu testamento. Em uma reviravolta, em 2009, Michel Turcsany, seu único herdeiro, assumiu a propriedade e a negociou, desencadeando uma série de embates judiciais entre os sócios e os representantes do negócio estabelecido por Michel.
Condições do Leilão e o Futuro do Clube
Para quem deseja se aventurar na aquisição do Riviera Country Club, o pagamento deverá ser efetuado à vista, no próprio dia do leilão, por meio de cheque administrativo ou transferência eletrônica direta (TED). O arrematante também se responsabilizará por uma comissão de 5% destinada ao leiloeiro, além das despesas inerentes ao processo do leilão.
Essa conjuntura coloca em xeque o destino de um dos mais tradicionais pontos de encontro da alta sociedade carioca, sugerindo que, mesmo para instituições enraizadas na cultura local, a estabilidade financeira é um pilar crucial para a sua sobrevivência e legado.