Mais um passo para o PIX: empresas se cadastram para oferecer transferências instantâneas digitais de dinheiro

São Paulo, SP 2/6/2020 –

Entenda como vão funcionar as transações do PIX e como o sistema pode acelerar o “fim” do dinheiro em espécie

O Banco Central (BC) segue com o calendário de lançamento do PIX, o novo sistema de pagamentos instantâneos do Brasil. A instituição anunciou que aceitará novas adesões de instituições financeiras até 1º de junho. Até a última semana, mais de 100 empresas já haviam aderido ao sistema. De acordo com especialistas do setor, o PIX é mais um passo em rumo à diminuição da circulação do dinheiro em espécie.

O PIX, anunciado em fevereiro pelo BC, corresponderá a uma plataforma de transferências monetárias eletrônicas. O sistema permitirá ordens e recebimentos de pagamentos de maneira praticamente instantânea, sendo que a operação pode durar no máximo 10 segundos. As transferências poderão ser realizadas por smartphones a partir de um único dado como número telefônico, CPF, CNPJ, e-mail ou através de tecnologias como QR Code e NFC.

O novo sistema será uma revolução no setor financeiro e trará muitos benefícios aos clientes, de acordo com Márcio Barnabé, Chief Marketing Officer da UzziPay. A UzziPay (Madeira Administradora de Cartões LTDA.), inclusive, é uma das instituições que já solicitou adesão ao PIX.

“O PIX virá para substituir operações como o TED e DOC, que além de relativamente demorados, tem um custo financeiro e ainda exigem que a pessoa que vai realizar a transferência saiba vários dados da pessoa que vai receber. Esse sistema facilitará muito a vida do brasileiro”, argumenta.

Márcio diz também que essa operação tem o potencial de melhorar os serviços financeiros de maneira geral e diversificar o setor, oferecendo aos clientes mais opções e preços menores.

Fim do dinheiro físico?
Márcio afirma, ainda, que a adoção do PIX pode representar mais um avanço em rumo a diminuição das transações através de papel moeda. Ele comenta que esse novo cenário já está presente em outros países.

“As transações digitais já são mais comuns que as transações com cédulas em países como Holanda, Suécia e China. Essa é uma tendência que parece ser mundial, já que com a popularização dos smartphones praticamente tudo pode ser feito por celular”, diz.

O Chief Marketing Officer da UzziPay cita, ainda, que um dos motivos desse movimento rumo a “extinção” das cédulas é a segurança apresentada pelas transações digitais. Ele lembra que a rastreabilidade da movimentação financeira pela internet acaba sendo mais fácil, o que diminui a possibilidade de crimes financeiros e, quando eles ocorrerem, sua investigação é facilitada.

“As fintechs, que surgiram no meio desse contexto de digitalização do mundo financeiro, poderão concorrer ainda mais com os bancos tradicionais. E o principal beneficiário disso tudo será o consumidor, que ganhará em desburocratização, menores preços, agilidade e segurança nesse futuro que já está próximo”, finaliza.

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