Momento decisivo pode tirar Rio de Janeiro do atraso histórico em saneamento básico

Evento da próxima semana debaterá com autoridades os riscos do Rio de Janeiro perder a maior oportunidade histórica para solucionar o problema da água e dos esgotos

Para debater os problemas e a possibilidade concreta de solução ao saneamento básico do Estado do Rio de Janeiro, o Instituto Trata Brasil e o Movimento SanitaRIO promovem, na próxima terça-feira, 08.12, das 10h30 às 12h00, o webinar “Solução para os Desafios do Saneamento Básico no Estado do Rio de Janeiro.”.

A proposta é debater o estado atual do projeto modelado pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e as ações de curto prazo necessárias para torná-lo realidade, uma vez que essas entidades veem o projeto como fundamental para ampliar o acesso aos serviços e assim garantir à população os benefícios ambientais e sociais do saneamento.

Entre as autoridades confirmadas estão o Ministro do Desenvolvimento Regional, Sr. Rogério Marinho, Senador Tasso Jereissati e o Deputado Federal Geninho Zuliani – parlamentares decisivos na formulação do novo Marco Legal do Saneamento, o presidente do BNDES, Sr. Gustavo Montezano, o diretor de Infraestrutura, Concessões e PPPs do BNDES, Fábio Abrahão, e Gesner Oliveira, Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e sócio da GO Associados. A moderação será feita pelo presidente executivo do Trata Brasil, Édison Carlos e pelo idealizador e co-fundador do Movimento SanitaRIO, Eng. Raul Pinho.

Há décadas, a população do Estado do Rio de Janeiro convive com a ausência dos serviços de saneamento básico, ou a precariedade dos mesmos; a intermitência e a insegurança no fornecimento de água potável, com esgotos correndo a céu aberto nas comunidades e nas ruas das cidades e lançamento diário de toneladas de esgoto nos rios, Baía de Guanabara, Lagoas da Barra e Jacarepaguá, entre outros locais turísticos e importantes para o meio ambiente fluminense, mas degradados pela poluição.

O baixíssimo nível de tratamento dos esgotos é característica da maior parte dos municípios do Estado, bem como as consequências deste cenário na saúde e qualidade de vida do cidadão.

Os indicadores oficiais e os fatos narrados quase que diariamente na imprensa mostram que o problema está longe de ser resolvido e só se agrava com o desabastecimento e racionamento atualmente presente em mais de 30 bairros de quatro cidades da Região Metropolitana do Rio e com riscos reais de haver uma nova crise na contaminação da água fornecida à população, como ocorreu no verão de 2019 para 2020, quando detectou-se a presença da substância geosmina, que tantos problemas e gastos trouxe à população, principalmente aos mais pobres.

Pelos números oficiais de 2018 do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS), no Estado do Rio de Janeiro, cerca de 35% da população (6 milhões de fluminenses) ainda não possui coleta de esgotos e apenas 31% dos esgotos gerados são tratados, o que explica o grande volume de esgoto descartado diariamente na natureza.

O encontro será aberto a todos os interessados por ser um momento decisivo para o meio ambiente, a saúde e a qualidade de vida de todos os moradores do Rio de Janeiro.

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Vagner Liberato
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