O futuro das instituições de saúde

Toda a população mundial recebeu o impacto causado pelo novo coronavírus, todos nós tivemos que nos reinventar e nos adaptar a uma nova maneira de viver.

Em muitos lugares do mundo, que não é o caso do Brasil, o vírus já está relativamente sobre o controle, populações de alguns países já estão de volta a sua rotina, dentro das normas definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Mesmo com um controle sobre a contaminação do vírus, porém, as instituições de saúde seguem sendo o epicentro de toda a pandemia, e todos os profissionais ou pacientes, por outros casos, estão correndo riscos.

O escritório Painel Arquitetura acredita que, a arquitetura é a chave para aumentar a segurança e diminuir a contaminação do vírus dentro do centro de saúde e seus ambientes. “Mesmo que essa reorganização tenha que ocorrer de maneira ágil devido às circunstâncias, existem maneiras eficientes que podem ajudar o distanciamento, como reorganizar a disposição dos leitos, que deve ser disposta de maneira que haja circulação constante de ar; colocar biombos entre os mesmos, para que o contato entre os hospitalizados seja o mínimo possível; nas salas de espera para o pronto atendimento deve ter um maior distanciamento entre as cadeiras e devem ser colocados também biombos entre elas; essas são algumas formas súbitas de remanejar tais ambientes, que estão altamente expostos a contaminação”, diz o arquiteto Henrique Hoffman.

“A arquitetura hospitalar já segue padrões rigorosos de projeto que evitam a proliferação de possíveis bactérias em suas superfícies e sistemas. Entretanto, é sempre importante lembrar que recursos naturais, como o sol e o vento, podem tornar os ambientes muito mais saudáveis de uma forma natural e passiva. Assim como uma periódica manutenção dos sistemas de ar condicionado onde o filtro deve ser limpo frequentemente”, comenta Henrique, já que os hospitais atualmente trabalham com revestimentos e materiais específicos que atendem ao ambiente sanitário, dentre eles produtos com alta durabilidade, resistência, de fácil higienização e conservação.

É sempre importante destacar que, no caso de um vírus que é transmitido também pelo ar, os ambientes que possuem ar-condicionado e outras ventilações artificiais são favoráveis ao contágio.

De acordo com o arquiteto Henrique Hoffman, após este surto pelo qual estamos passando, a arquitetura hospitalar, com certeza, terá que ser repensada e remodelada de modo a atender eficientemente qualquer tipo de doença contagiosa que venha surgir. E, por isto, é necessário avaliar a estrutura do que se é apresentado, hoje, a médicos e pacientes.

Um jeito eficiente é intervir na setorização e fluxograma, e encontrar maneiras de manter os pacientes que estão com sintomas de coronavírus, e de outras doenças infecciosas, em ambientes e alas separadas de onde estão os outros pacientes.

“De uma maneira geral, o que deve ser feito é priorizar a ventilação natural cruzada e renovável, evitar fluxo cruzado de pessoas com doenças contagiosas e aumentar o distanciamento dos pacientes, tanto nas salas de espera quanto nos leitos, com alas separadas”, encerra Henrique.

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Redação
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