O impacto das novas tecnologias digitais na gestão da Central de Materiais e Esterilização

7/5/2020 –

Tecnologia exclusivamente brasileira, o CMEXX comprova como a implementação de um único software pode oferecer mais agilidade, segurança e controle gerencial na produção das CMEs

Prontuário eletrônico, telemedicina, inteligência artificial, cirurgias robóticas, impressoras 3D. São inúmeras as inovações com as quais a tecnologia tem sinalizado para um “futuro-presente” da medicina.

Mas não é somente da descoberta de novos e eficientes procedimentos diagnósticos, ou de terapias mais efetivas, que tem vivido a evolução tecnológica no Setor Saúde. Essa também é uma tendência que passa pela reformulação de modelos e culturas gerenciais. Em diversas áreas, processos cada vez mais autônomos e digitais têm liberado a excelência da força de trabalho e da criatividade humanas para outros esforços. Dentro de uma unidade hospitalar, essa transformação possibilita que tarefas manuais, morosas e obsoletas deem lugar à execução de softwares que tornam o trabalho mais ágil e seguro. Como consequência direta, técnicos podem dedicar sua rotina ao que é mais nobre: salvar vidas.

Esse tem sido o itinerário pelo qual tem passado inúmeros hospitais e centros de saúde mundo afora. A modernização tecnológica tem impactado positivamente a produção dos estabelecimentos, simplesmente porque eleva a qualidade dos serviços sem, com isso, onerar as despesas. Ao contrário, na maioria das vezes, a tecnologia se apresenta como uma ferramenta gerencial, que permite ao gestor tomar decisões assertivas em tempo ágil. Exemplo dessa transformação está na adoção de softwares para auxiliar a gestão das Centrais de Materiais e Esterilização (CMEs).

Um sistema de gestão de CME possibilita aos gestores ter melhor visibilidade dos processos e de indicadores importantes. Isso permite a tomada de decisões mais assertivas, apoiadas em dados – o famoso data driven. Exemplo disto está na gestão de estoque e compra de insumos. Sistemas como CMEXX, tecnologia 100% brasileira, criada pela Bioxxi, empresa líder de processamento de artigos médico-hospitalares no país, facilitam a gestão do inventário de materiais e a gestão de suprimentos, considerados o “calcanhar de Aquiles” de muitos hospitais.

“Os sistemas de gestão comumente apoiam a adoção das Melhores Práticas, o que via de regra representa um ganho de eficiência. No caso do CMEXX, a Bioxxi imergiu na realidade dos hospitais para oferecer um sistema que facilite a vida tanto de quem está no front da operação – enfermeiras e técnicos – quanto da gestão. Como consequência, CMEs passaram a ser mais produtivas, à medida em que o trabalho manual, favorável ao erro humano, foi substituído pelo sistema. E também na medida em que o sistema passa a ser recurso para a tomada de decisões gerenciais”, explica o CEO da Bioxxi, Diego Pinto.

CMEXX

O sistema exclusivo da Bioxxi foi desenvolvido para realizar a rastreabilidade de todo material processado na CME. O software funciona como um gerenciador dos materiais, desde a entrada até a saída destes na Central, com emissão de relatórios de inventário, produtividade, controle de carga e envio externo.

“O objetivo do CMEXX é tornar toda a CME digital. Estima-se que as empresas gastam ou desperdiçam, em média, 5% do seu orçamento com consumo de papel. Isso não pode mais ser aceito como uma boa prática em um processo, atualmente. Além disso, o papel pode ser um transporte físico de vírus dentro de uma unidade, e, em tempos como os atuais, em que vivemos uma pandemia de coronavírus, isso fica ainda mais preocupante. Digitalizar aumenta ainda a agilidade nas consultas e nas tomadas de decisão dos processos, bem como a segurança da informação, que, atualmente, é um dos maiores bens que uma empresa pode ter”, frisa Thiago Vidal, coordenador de Tecnologia da Informação da Bioxxi.

O que torna a tecnologia inovadora são os impactos que ela tem produzido nos 60 hospitais onde o CMEXX já se faz presente. Estes impactos apenas foram possíveis com o conhecimento prático da rotina e da vivência dos profissionais que atuam na CME. Para construção do software, foi preciso partir do zero e compreender, na pele, as principais dificuldades e os obstáculos que dificultavam a engrenagem da produção.

“Então, fiz uma imersão, de quase dois meses, dentro de uma Central, e o que vimos foi muito preocupante. Todas as informações eram registradas em vários cadernos espalhados pelos setores. Portanto, não existia uma integridade dessas informações, nada era confiável. Materiais críticos, que exigem um controle maior, demoravam muito para ser registrados e conferidos. Além disso, instrumentais das bandejas dos médicos eram perdidos frequentemente e misturados com outros materiais de outras bandejas. Instrumentais simplesmente sumiam, e os setores do hospital e a CME ficavam sempre em guerra para saber onde o material estava, se foi entregue etc. Os equipamentos eram subutilizados para esterilizar materiais. A gestão ficava completamente perdida”, complementa Vidal.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O sucesso do CMEXX, e a sua constante evolução, levou a Bioxxi a trabalhar em uma nova versão do sistema, cuja principal novidade está na utilização da Inteligência Artificial (I.A.). Segundo os desenvolvedores, as possibilidades de utilização da IA na CME são infinitas e trazem boas perspectivas para a melhoria da cadeia de esterilização e combate a infecções hospitalares – quarta maior causa de mortes no mundo.

“Imagine se, a partir da imagem de uma câmera no expurgo, o sistema escaneasse todos os artigos de uma bandeja e já computasse todos os dados, verificando, inclusive, a integralidade dos artigos, se a bandeja está completa e quais os protocolos de esterilização recomendados para cada item. O ganho operacional será imenso”, conclui Diego Pinto.

 

Conteúdo publicado originalmente na Revista Visão Hospitalar, 31ª edição

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Website: http://bioxxi.com.br

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