Os impactos do covid-19 no Mercado de Caminhões do Brasil

O Mercado de Caminhões no Brasil, depois de registrar um volume de mais de 100.000 unidades comercializadas em 2019, com 33% de crescimento sobre 2018, começou o ano 2020 bastante otimista, em função da perspectiva de um novo recorde na safra agrícola, na retomada do setor de construção civil e outros indicadores positivos. Assim, após várias análises considerando o movimento do mercado e a reação das montadoras projetávamos um crescimento de 20% nos volumes de vendas de 2020 sobre 2019.

No entanto, veio o Coronavirus e o que a princípio parecia que seriam somente alguns problemas de abastecimento de peças e componentes importados da China, onde a doença estava localizada, na verdade tornou-se uma pandemia gravíssima e cujos reflexos devem ser sentidos, infelizmente, com a perda de muitas vidas e com reflexos sociais e econômicos bastante negativos neste mundo globalizado.

A necessidade do isolamento social, o fechamento do comércio, do turismo, as férias coletivas na indústria, o cancelamento de eventos (sociais, esportivos, profissionais) enfim, todas as medidas necessárias para conter o avanço da doença irão impactar fortemente o PIB deste ano e como a demanda de caminhões está atrelada ao desempenho da economia, o cenário provável será de uma queda nos volumes de vendas deste ano comparados com o ano passado, neste momento revendo todas as nossas projeções anteriores, estimamos uma queda de pelo menos 11%, o que significa um mercado de menos de 90.000 unidades.

Quando forem divulgados os volumes de caminhões emplacados no mês de março, os dados devem ser analisados com cautela, uma vez que estes emplacamentos refletem negócios fechados há meses atrás.

De qualquer forma estamos atentos e trabalhando fortemente nossos números e revisões com o intuito de suportar nossos clientes de modo que possam fazer os ajustes necessários em seus volumes de planejamento de produção o quanto antes.

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Redação
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