O Henley Passport Index, ranking que classifica quais passaportes do mundo dão acesso a mais destinos sem necessidade de visto prévio, divulgou recentemente uma lista em que o documento portugues aparece em quinto lugar. Essa vantagem reforça ainda mais a importância da aquisição de uma segunda cidadania, especialmente a portuguesa, como uma vantagem estratégica para quem deseja iniciar um processo de imigração.
De acordo com Patricia Valentim, diretora executiva da CV Assessoria Internacional, empresa de assessoria em imigração, nacionalidade e negócios internacionais, o governo português disponibiliza diversos programas aos seus cidadãos. “Em casos em que a segunda cidadania está vinculada a países signatários de acordos específicos, surgem oportunidades únicas, possibilitando a elegibilidade para vistos que simplificam a entrada em diferentes regiões”, destaca.
Obter a segunda cidadania, notadamente a portuguesa, confere uma maior mobilidade e flexibilidade em termos de residência ou estudo, o que é especialmente benéfico para aqueles que desejam explorar oportunidades em diferentes nações. “É crucial reconhecer que cada situação é única e vários fatores influenciam o processo de imigração para diferentes partes do mundo. Habilidades profissionais, histórico educacional e outros elementos desempenham papéis importantes nesse processo”, destaca Patrícia.
Diante de inúmeras vantagens, há o surgimento de uma dúvida em comum, que é por onde começar ou se realmente existe algum vínculo familiar que permita conquistar a tão sonhada facilidade. Entretanto, Patrícia alerta que o processo pode ser complexo e variar dependendo de cada situação.
Para muitas pessoas, especialmente aquelas que buscam a cidadania por descendência, o primeiro passo geralmente é reunir documentos que comprovem a ligação com o país. “Isso pode incluir certidões originais de nascimento, casamento, óbito ou algo que comprove a relação com a pessoa de origem portuguesa. Em alguns casos, pode ser necessário catalogar no Registo Civil de Portugal. Se aplicável ao caso, este é um passo crucial”, aconselha a especialista.
Patrícia explica que trata-se de algo que pode levar algum tempo, e é importante estar preparado para a possibilidade de enfrentar algumas etapas burocráticas. “Por esse motivo, é essencial contar com a ajuda de profissionais especializados em cidadania portuguesa, que podem dar suporte ao processo como um todo e orientar o solicitante de forma mais detalhada com base na sua situação específica”, pontua a diretora.
Diferentemente dos cidadãos brasileiros, os portugueses têm um acordo bilateral com os Estados Unidos, o que permite sua entrada no país sem a necessidade de visto de turista ou de negócios, por até 90 dias. “Isso torna a parte burocrática das viagens algo mais ágil, seja para negócios, turismo ou encontros familiares”, finaliza.