PERÓ PEDE MELHORIAS EM DEBATE PARA DISCUTIR O PLANO VERÃO

Melhorias nas vias de acesso, que possuem problemas graves como buracos e falta de sinalização turística; e, maior fiscalização na orla, principalmente nos fins de semana. Estas são algumas das reivindicações que moradores, ambientalistas e veranistas do Peró vão levar, nesta quarta-feira, para a reunião na Câmara Municipal que vai discutir o planejamento do verão na cidade com a presença de representantes de vários órgãos do Executivo Municipal, estadual e Ministério Público.

Com 7,5 km de extensão, das Conchas ao Pontal, a Praia do Peró foi a pioneira no interior do Rio na conquista da Bandeira Azul – selo internacional de qualidade ambiental. A troca frequente de gestores na administração municipal, contudo, vem prejudicando o cumprimento dos quesitos exigidos pela Coordenação Nacional do projeto. A comunidade também reclama da falta de diálogo com os novos gestores do projeto.

A sinalização nas vias de acesso ao Peró não existe. As poucas placas, toscas, foram feitas por um vendedor de gelo. Há muitos buracos nas vias de acesso e falta de controle sobre o comércio ilegal na praia e na Praça do Moinho, que precisa ser reformada. Como não existe a cancela prometida pela prefeitura e a fiscalização nem sempre está presente, a orla do Peró, onde é proibido o tráfego de veículos, costuma ser invadida pela “turma do rolé” (motoqueiros que empinam motos) e carros particulares, pondo em risco a segurança dos turistas hospedados nos hotéis da orla e banhistas.

— Sobre o Peró só tem elogio dos turistas que frequentam as praias. Acredito que para os moradores e comerciantes o maior desafio é a dependência da sazonalidade. Seria bom ter incentivo de eventos atrativos para todo o ano – sugeriu Álvaro do Valle, o “Coroa”, proprietário de uma loja de Açaí na Avenida dos Pescadores.

Na Praia das Conchas, os banhistas reclamam dos animais soltos na areia e entre os quiosques, além da prática de esportes proibidos na areia. No Pontal do Peró, é frequente a invasão de quadriciclos e cavalos; o acesso não está em boas condições; e, banhistas costumam fazer churrasco na área de preservação ambiental.

Ex-secretário municipal de Meio Ambiente, o biólogo Mário Flávio sugeriu que o poder público reforce suas ações na Praia do Peró, que já chegou a ter seis agentes verdes e agora não tem nenhum.

— Os critérios do programa Bandeira Azul são prejudicados quando, por exemplo, ocorre um conflito nas imediações da praia provocados por excursionistas que chegaram lá num ônibus pirata que burlou a fiscalização. É preciso maior participação do poder público, no ordenamento da praia, e participação dos quiosqueiros na limpeza nas suas áreas e na limpeza das caixas de gordura dos quiosques – sugeriu o biólogo, que agora integra o movimento Amigos do Peró.