Quem lê para os filhos compartilha afetos

Neste momento em que tantas crianças aqui e mundo afora estão isoladas em casa, longe de colegas, amigos e com uma nova rotina imposta, é muito importante que os pais leiam para elas. Você que é pai, mãe, e está com seu filho em casa, priorize algum tempo para a leitura literária. Ao ler uma história para seu pequeno, mais que entreter e transmitir uma ideia, você compartilha afetos. 

Ler é um ato de amor. Seu filho ou sua filha vai perceber que você está disponível para ela, porque  você vai parar o que está fazendo, sentar ou deitar ao seu lado, abrir um livro ou trazer uma história da memória.  Você vai doar o que tem de mais significativo: seus sentimos e experiência de vida. Com tantos afazeres, que parecem ter aumentado em quantidade nesses tempos de isolamento, é importante preservar e priorizar a relação com a criança. 

Construa com ela este universo de acolhimento, de encantamento, onde ela aprenderá muitas coisas através da literatura. Ofereça histórias que tratem de diferentes situações. Nesta campanha que eu estou fazendo nas minhas redes sociais – contar histórias para crianças em quarentena – escolhi temas atuais, que fazem parte do livro “Histórias que eu gosto de contar”, de minha autoria. 

Uma delas trata de um vilão, de um feiticeiro sem alma, e eu pergunto para as crianças:  quem é o feiticeiro sem alma que está nos apavorando nesse momento? Como nós podemos destruir esse feiticeiro? 

Quando você lê ou conta uma história, você oferece à criança possibilidades de ela lidar com diferentes situações. E o melhor: vai aproximá-la de você. Não precisa muita habilidade para promover esta mediação de leitura. Não há segredo nesta partilha. É só pegar um livro e ler, com pausas, ritmo, com vontade. Leia com amor, é tudo. Desfrute deste momento de encantamento e de prazer junto ao seu filho. 

* Escritora e mediadora de leitura, Cléo Busatto é uma artista da palavra. Tem mais de 25 obras publicadas, entre as quais a finalista ao Prêmio Jabuti na Categoria Juvenil, A fofa do terceiro andar

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