Igreja dos Capuchinhos na Tijuca avança nas reformas para o centenário
A emblemática Igreja dos Capuchinhos na Tijuca avança nas reformas para o centenário, marcando um novo capítulo em sua história de quase um século. A Basílica de São Sebastião, como é formalmente conhecida, encara a terceira fase de uma ampla revitalização, com o foco atual na fachada, cujo investimento alcança R$ 340 mil. Esse esforço é essencial para que o templo, que completa 93 anos em 2024, preserve sua grandiosidade e importância para a região da Grande Tijuca.
Uma Jornada Arquitetônica desde 1928
Com suas raízes fincadas na Rua Haddock Lobo, a igreja surgiu entre 1928 e 1931, sucedendo a versão antiga situada no extinto Morro do Castelo, no Centro do Rio. Essa transição se deu após a demolição do morro, um evento que impulsionou os frades capuchinhos a reconstruir seu lar espiritual na Tijuca. O design da igreja, uma mescla dos estilos neo-bizantino e neorromânico, resguarda seu criador no anonimato, mas exibe um interior estonteante, rico em vitrais e mosaicos que remetem ao Mosteiro de Beuron, na Alemanha.
Reforma: Uma Obra de Arte em Progresso
O projeto de renovação da igreja é uma verdadeira obra de arte em progresso. A meta é reavivar traços dos estilos art nouveau, art déco e neobizantino que compõem sua arquitetura. O plano abrangente está segmentado em quatro etapas, com as iniciais focadas nos telhados e cúpulas, e a atual, na restauração da fachada, que inclui elementos como as esculturas e os afrescos em azulejos portugueses.
Investimento Futuro e Preservação Histórica
Olhando adiante, a igreja se prepara para um leque de melhorias. As fachadas laterais e a parte traseira do templo terão atenção especial, com investimentos que somam cerca de R$ 1,9 milhão. A torre e os sinos também estão no radar, com restaurações orçadas em R$ 1,6 milhão, demonstrando o compromisso com a preservação de cada detalhe arquitetônico.
- Restauração da fachada lateral direita: R$ 700 mil
- Restauração da fachada lateral esquerda: R$ 600 mil
- Melhorias na parte de trás da igreja: R$ 600 mil
- Restauração da torre: R$ 1,2 milhão
- Trabalhos nos sinos: R$ 400 mil
Financiada majoritariamente por emendas parlamentares e doações da comunidade, essa jornada de restauração tem um horizonte definido: as celebrações do centenário em 2031. A iniciativa vai além da estrutura física, pois visa também resguardar tesouros históricos, como o marco de pedra da fundação da cidade, a efígie primordial de São Sebastião e o memorial de Estácio de Sá.
“A reforma é mais do que uma renovação física; é um ato de reverência à história e à cultura que a Basílica de São Sebastião representa para o Rio de Janeiro.”