O setor supermercadista registra saldo positivo de geração de empregos pelo 3º mês consecutivo, trazendo um sopro de otimismo para a economia do Estado do Rio de Janeiro. Em julho, as contratações superaram as demissões, com mais de 230 novos postos formais de trabalho surgindo no mercado. Esta tendência de crescimento já se manifesta desde maio, colocando tanto grandes quanto pequenos comerciantes em um ciclo virtuoso de expansão e otimismo.
A Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) indica que a performance atual do setor é mais robusta do que a do ano anterior, quando houve um fechamento de 349 vagas em julho de 2023. Esse dado reforça a noção de uma recuperação consistente e de uma economia em movimento.
Leandro Rosadas, economista e especialista em gestão de supermercados, sublinha a importância dessa geração de empregos. Para ele, o crescimento não apenas incita uma melhoria na qualidade de serviços e produtos, mas também fomenta a renda local e, assim, o consumo. Rosadas ressalta:
“O crescimento de empregos no setor supermercadista pode beneficiar tanto pequenas quanto grandes lojas de várias maneiras. Para pequenas lojas, o aumento de empregos gera mais renda na comunidade local, o que pode estimular o consumo e fortalecer o mercado.”
A dinâmica positiva não se limita aos negócios menores. Grandes redes de supermercados também veem benefícios significativos, como o impulso à capacitação profissional e a modernização da infraestrutura. Essas melhorias criam um ambiente de negócios mais dinâmico e sustentável, preparando o setor para um futuro próspero. A ligação entre a criação de empregos e o fortalecimento financeiro do setor é clara, como aponta Rosadas:
“A geração de empregos no setor supermercadista nos últimos meses está intimamente ligada a uma melhora na performance lucrativa do setor.”
O clima de confiança que se instala entre os consumidores, juntamente com a habilidade das empresas de se adaptarem e capturarem novas oportunidades, tem sido um motor para o aumento das vendas e, consequentemente, para a contratação de mais colaboradores. Projeções do Índice Antecedente de Vendas do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), baseadas em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já apontavam para um horizonte promissor, esperando-se um crescimento de 6,8% em agosto, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, a competitividade do setor foi impulsionada pela adoção de novas tecnologias e pela expansão do comércio eletrônico. Rosadas conclui, destacando que a modernização das operações é um fator-chave para o sucesso:
“A modernização das operações, com a adoção de novas tecnologias e a expansão do comércio eletrônico, aumentou a competitividade e a eficiência do setor.”
Essa onda de inovações não apenas eleva a eficiência mas também permite que as empresas expandam suas equipes para atender à crescente demanda, criando um ciclo virtuoso onde o fortalecimento financeiro e a criação de empregos se alimentam mutuamente.